quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Agora eu não entendi nada ...

O secretário de segurança pública de nossa amada Vila participou nesta manhã da reunião mensal do conselho comunitário. Entre várias palavras bonitas ficou explicado que a culpa da violência que enfrentamos hoje fica na conta das administrações anteriores que não sabiam planejar estrategicamente a longo prazo. Como síndicos afobados, mudavam as diretrizes da política de segurança a cada semana. Até ai, acho que todos concordamos. Mas as coisas começam a complicar quando ele afirma que as diretrizes da política implantada nesta gestão são a maneira mais eficaz de controlar a violência. E vai além, até que a meta seja alcançada teremos que conviver esporadicamente (?) com ações criminosas mais ou menos (??) violentas, como as que ocorreram essa semana. Deixe ver se eu entendi: esporadicamente, mais ou menos, e esta semana se referem a acontecimentos nas áreas nobres da cidade. Porque para nós suburbanos ouvir algo assim ia parecer, no mínimo, chacota.Quanto tempo será que demora planejar e implantar estas políticas? Já são quase três anos e a situação está cada vez pior. Bem se diz que um tapa na zona sul faz mais barulho que uma bomba no subúrbio. Qual o melhor nome para este personagem em nosso folhetim da vida real?

Esse Twitter é demais!!!

O pessoal da Vila do Chaves também se apresenta no Twitter comentando suas milabolantes aventuras. Acabo de saber, diretamente de seu perfil, que o professor Jorge Piccifales é um cara do bem! Isso mesmo, e preocupado com a dignidade humana e a natureza. Como cidadão preocupado e transparente ele posta opiniões e seus feitos no twitter. Hoje, por exemplo, foi proibido jogar pneus em aterros sanitários. E apesar de tudo o que se comenta sobre o lance do trabalho escravo ele é totalmente contra os jogos de azar que degradam a vida humana. Com certeza, se ele tivesse poder para isso todos os professores teriam mais dignidade. Seus pupilos, Kikobral e Eduardo Chaves devem se orgulhar de seu mestre!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lição sobre saúde pública

O governador Kikocabral precisa assistir esse vídeo,junto com seu amigo e companheiro o prefeito Eduardo Chaves. Uma pena que ainda não temos nosso próprio Michael Moore:

sábado, 5 de setembro de 2009

E agora quem poderá nos defender??

A Vila do Chaves continua em Campanha para em 2016 sediar as OlimPiadas. Sempre com muito humor e gracinhas de toda natureza. Talvez tenha até outro bailão no Palácio Guanabara. Sei que pedir coerência à político é tão tolinho quanto caçar coelhinho da Páscoa, mas dessa vez Kikobral se superou. Basta ver as últimas novidades. Tomar um chopp virou um problema para os motoristas. Concordo que bêbados não devem sair dirigindo pois compromete suas habilidades visuais, mas muitas pessoas são capazes de tomar um ou dois chopps e voltar para casa em seus carros. Como não há como saber quem pode ou não, proibimos todos. Tudo bem, prevalece a necessidade do bem maior. Eu nem dirijo, posso continuar tomando meu choppinho sem preocupações. Fumar agora é proibido. Praticamente isso, porque as restrições são tantas que é quase melhor proibir de vez para não confundir. Fumar passivamente faz mal à saúde. Correto mais uma vez, mas devo acrescentar que comer alimentos com agrotóxicos é muito mais cancerígeno e fazemos isso todos os dias. Para os não fumantes uma triste notícia:continuamos todos sujeitos a esta doença e nem médicos,nem nutricionistas, muito menos políticos fazem nada a respeito. Mas como não podemos esperar que todos os fumantes adotem um comportamento consciente, cabe então impor o bem comum por força da lei. Agora vamos liberar os bailes funk e as raves, mesmo sabendo por notícias e documentos que nestes eventos acontecem consumo de todo o tipo de drogas, aliciamento, violência, promiscuidade de menores, entre outras coisas. Ora, muitos dirão, mas não são todos. Isso acontece mas existem muitos em que nada disso acontece. Pode ser, não duvido. Mas porque nesse caso não valeu a regra do bem estar da maioria, a promoção do bem comum? Muitos motoristas e fumantes conscientes devem querer saber se há um critério particular para definir o que venha a ser o bem comum. Acho que para entender isso nem chamando o Professor Girafales.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Atrasada mas ainda valendo

A gripe suína começa a se alastrar no Rio. Duas escolas da zona sul estão sendo monitoradas por terem alunos diagnosticados com a doença. A Santo Inácio suspendeu as aulas até o dia 02 de julho. Aparentemente uma ação rápida da Vigilância Sanitária. O que preocupa é a possibilidade deste vírus se alastrar para regiões menos abastadas da cidade, levados pelos trabalhadores que diariamente viajam longos trajetos de volta às suas casas, em ônibus, trens e metrôs lotados e, por vezes, mal ventilados. Muitas dessas pessoas nunca conhecerão Miami ou Buenos Aires, mas para garantir uma vida um pouco melhor buscam seus empregos junto à nossa elite contaminada. O vírus não tem preconceito, não escolhe suas vítimas. Vemos dia após dia notícias sobre casos confirmados da doença sempre entre pessoas que retornaram de viagens, ou estiveram em contato direto com essas pessoas. Mas se repararmos bem, ainda não foi noticiado um caso sequer em regiões menos nobres da cidade. Seria reconfortante pensar que ao menos uma vez essa parte da população estaria protegida pela sua própria condição social. Infelizmente, a realidade pode ser bem menos promissora.
Em um Estado como o nosso, de sucateia a Saúde sem constrangimento, terceiriza a contratação de médicos, lota UPAs de socorristas, entre outras temeridades, o que a população pode esperar em meio a uma crise anunciada deste porte? Quem estará capacitado a diagnosticar e tratar com eficiência o grande número de cidadãos que não possuem planos de saúde? Com certeza não a médica do Albert Schweitzer, que deu alta a gêmeos de dois meses de idade com grave pneumonia. A mãe dos bebês, Núbia Freitas, 33 anos, discordou da decisão da médica, que manteve a alta mesmo assim, afirmando que os bebês não precisavam nem de medicamentos. Desconfiada, Núbia levou os filhos para o Hospital Geral de Bonsucesso, onde permanecem internados em Unidades Especiais de Tratamento.
Nem todos os bebês, crianças, idosos, e adultos tem ou terão a mesma sorte. Já estamos acostumados a ser diagnosticados com viroses em hospitais públicos. Isso depois de esperarmos horas desconfortáveis, mal sermos examinados e assistirmos aos "doutores" prescrevendo receitas sem nos tocar ou nos ouvir. Não questionamos, afinal não nos sentimos bem, não entendemos do assunto, não temos argumentos, e eles devem saber o que estão fazendo. Afinal eles estão vestidos como médicos, são tratados pelos funcionários como médicos e fazem isso sob o emblema do Estado, dentro de prédios públicos, é quase certo que eles sabem o que estão fazendo. Aliás todas as demais enfermidades parecem ter sido erradicadas. A única desagradavelmente persistente é a tal da virose

Cuidado, pode ser a Vaca Louca

Fico me perguntando qual o critério para escolha de quem irá exercer cargo no Judiciário. Talvez bom senso, conhecimento profundo das leis, discernimento, sensatez, um forte senso de justiça, assim como de moral e ética e conduta ilibada fossem adjetivos cabíveis aos membros do Judiciário. Mas parece que não são. Nem na totalidade, nem em parte. Depois de acompanharmos dois casos de crianças não devolvidas aos pais estrangeiros, sendo que uma delas morreu em conseqüência dos maus tratos a que era submetida, vejamos agora o que o STF decidirá quando for julgar se é crime pagar por sexo com menores de idade. Se seguirem a mesma lógica que usaram para extinguir a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, com certeza vão apoiar a decisão do STJ que só considera criminoso iniciar a menor na prostituição. Depois de tornarem-se "prostitutas reconhecidas", as adolescentes deixam de estar amparadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A Procuradoria-Geral do Estado do Mato Grosso teme que o processo demore anos para ser julgado. Talvez essa demora seja sua melhor esperança. Com sorte, o tempo pode corrigir esse estranho e grave surto de desmandos públicos, renovando as mentes dessas instituições. Denny Craine, do seriado Boston Legal, explicaria com perfeição o que acontece por lá: É a Vaca Louca!!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Vila do Chaves é aqui

Esse é um país de valores cada vez mais estranhos. Livro escolar com pinturas de indígenas praticando canibalismo não pode, é muito violento. Funkeira "famosa quem" fazendo poses eróticas em cima da foto do presidente da República pode, é arte. Aliás, o que não vira arte aqui? Calçadas danificadas em frentes das casas e condomínios não pode, fica feio e tem que pagar multa. Ruas esburacadas, calçadas em frente aos prédios públicos destruídas pode, a prefeitura é pobrezinha, não tem como fazer nada, e se seu carro quebrar o seguro cobre. Se sua perna quebrar o plano de saúde conserta. Não tem seguro, nem plano de saúde? Azar o seu. Sopa para pobre na rua não pode, causa desordem e não soluciona o problema de tirar a feiúra da pobreza das ruas. Empresa privada uniformizada, achando que é agente da lei e da ordem, multando, confiscando e baixando o porrete nos cidadãos pode, afinal aquele uniforme cáqui é tão bacana. Eu disse dando porretada nos cidadãos sim, porque camelô também é cidadão, e pasmem, eles votam. Assisto os telejornais e não consigo deixar de pensar: Gente, mas não é que o Kiko e o Chaves assumiram o poder! E continuam os mesmos atrapalhados. Olham para a população e não conseguem se conter: GENTALHA, GENTALHA!! E agora... quem poderá nos defender??

Quando sair não esqueça a garrafinha

Seja Carioca! Nova campanha de repasse exclusivo de responsabilidade para a população. Afinal o Centro da cidade está mesmo feio e sujo. Além disso fede muito, é esburacado, perigoso, e mal planejado. Como sediar Copas, Olimpíadas e eventos de grande porte? O que dirão os visitantes? Devemos assumir nossa responsabilidade de jogar o lixo na lixeira como pede a reportagem do RJTV, corretíssimo. Mas quem fica responsável por manter lixeiras em vários pontos da cidade? Fazer xixi no meio da rua é terrível, mas será que todos os homens que fazem isso querem realmente se expor desse jeito? Onde estarão os banheiros públicos, gratuitos e dignos de serem usados? Devemos levar um na mochila também? Porque a Central do Brasil não possui banheiros gratuitos? E a pergunta espetacular que a reportagem faz: porque os policiais da cabine da PM nada fizeram para coibir os "mijões"? Segundo o jornal, eles pediram uma explicação à PM sobre os flagrantes das imagens mostradas e não obtiveram resposta. Eu teria uma resposta: aquele é um dos trechos mais perigosos do Centro, ainda mais à noite. A PM tem que escolher entre vigiar as incontinências da população e tentar impedir os assaltos. Sendo carioca, o que você escolheria??

terça-feira, 16 de junho de 2009

A mosca na sopa do Rio

As ações do Choque, intricado jogo de tabuleiro com peças vivas, criado pelo Paes e gerido pelo Bethlem não chegam a surpreender, afinal é um game da elite onde só ela deverá ganhar. Se a intenção é causar polêmica, dessa vez eles conseguiram alvoroçar a população com a possível proibição da distribuição das tais sopas para os mendigos. Embora crítica ferrenha dos desmandos desta administração, que confunde município com feudo, não posso discordar realmente desta medida.

Pelo que andei lendo, cada instituição filantrópica distribui refeições uma ou duas vezes por semana, em um único horário. Não vejo como esse esforço possa impactar a fome dos necessitados, ou apresentar uma eficácia futura que não seja a manutenção da população nas ruas. Se fosse parte de um programa de assistência social mais abrangente, deveria mesmo ser defendido por todos. Mas isso na verdade é dever do Estado.

Por outro lado, vivemos a febre das Campanhas de Solidariedade, e não havendo estrutura governamental que cumpra seu papel, as pessoas envolvidas nestas iniciativas sentem que estão fazendo um pouco a sua parte, dentro de suas possibilidades e limitações. Chegar agora a Prefeitura e pedir para que direcionem seu trabalho para dentro das instituições públicas é demais. Nos abrigos, a obrigação de prover alimentação é da prefeitura. Se não dão conta de seu papel, e já que gostam tanto de terceirizar com as Organizações Sociais, cadastrem as igrejas, comitês e outras organizações, financiem seus projetos e repassem suas verbas para que elas possam tentar fazer algo mais eficiente pelos desprovidos. Eles já demonstraram ter organização e disposição suficientes para com mínimos recursos manterem a regularidade de suas sopas. O que não conseguiriam realizar se tivessem em mãos parte das verbas que escoam das mãos equivocadas dos gestores de nosso patrimônio municipal.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Será que ele é o Coringa?

Não sei se sou só eu, ou se mais alguém já reparou que o prefeito do Rio parece estar sempre rindo. Ele sorri para o Carnaval, para os impostos, para a falta de professores, para as mazelas da sociedade, enfim, qualquer que seja a situação a imprensa terá o privilégio de mostrar sua figura sorridente. E nem é um sorriso tão simpático, por vezes chega mesmo a parecer deboche. Hoje,assim que chegou na Candelária para o culto ecumênico em homenagem as vítimas do vôo 447, ao ser rodeado por repórteres,logo começou a sorrir e ao fim de sua declaração dá a impressão de mal poder conter o riso. Sinceramente não dá para saber se isso é resultado de alegria, nervosismo, indiferença ou deboche, mas com certeza é resultado de despreparo para lidar com a exposição pública e a mídia. Será que entramos na Era do Prefeito Coringa?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Se ela conseguisse ver isso...

A Justiça pode até ser cega, e cheia de ideais de igualdade, coitada. Acontece que para ela chegar a qualquer lugar ela precisa de "guias", supremos dignatários de sua confiança que deveriam zelar pela sua nobre condução. Esses, para nosso infortúnio, enxergam bem. Conhecem a certeira direção da defesa de interesses que se não seus, talvez de suas relações. E a cada dia nos premiam com a certeza de que sabem bem como fundamentar suas "imparciais" decisões. Um menino, nascido americano, é subtraído da convivência do pai biológico e, contrariando acordos internacionais onde nosso país consta como signatário, é mantido judicialmente em nosso país. A lei é a mesma para todos, ou quase todos, já que seus guias conseguem ler com clareza o sobrenome do padrasto do menino. Enquanto o STF demonstra sua presteza nesse caso, cancelando a decisão do juiz da 16ª Vara Federal do Rio, os processos que realmente podem implicar desdobramentos para a vida dos brasileiros continuam em seu ritmo normal. A maioria da população sabe bem qual seria esse. Processos envolvendo políticos e autoridades parecem não demandar agilidade do judiciário devido a sua "banalidade", como afirma o Ministro Gilmar Mendes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Quem tem medo da saúde pública??

A Pfizer em parceria com o Ibope realizou uma pesquisa, chamada “Dor no Brasil”, que revelou uma incrível descoberta: cariocas evitam ir ao médico, até o momento de em que não agüentam mais o sofrimento. Eles preferem recorrer à automedicação e aos palpites de amigos e parentes. Porque será? Se os laboratórios e institutos de pesquisa não souberem responder, acredito que os colegas das redações podem ao menos lhes dar uma pista consistente de onde encontrar a resposta. Busquem em seus arquivos e encontrarão dezenas e dezenas, e ainda mais, de matérias e reportagens sobre a deficiência da saúde pública, sucateamento da rede, ausência de médicos, falta de medicamentos, erros médicos de toda natureza, graves e até fatais. Quantas vezes assistimos na TV as peregrinações por atendimento médico que só tem fim, quando a equipe de reportagem é revelada. Sabendo tudo isso, fica bem mais fácil entender porque alguém que já está sentindo dores evita a tortura de aumentá-las ainda mais. Experimentem comprovar isso com uma pesquisa de campo: quando estiverem com dores, deixem as carteiras de seus planos de saúde em casa e vão buscar atendimento na rede pública.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Estado oferece cursos e empregos

Impressionante como nossas autoridades dizem aquilo que lhes vai à cabeça e nossos colegas jornalistas reproduzem essas palavras como se fossem ao menos possibilidades concretas. Ao ler jornal O Dia online, encontro a seguinte matéria: Cursos gratuitos em Manguinhos. Louvável a iniciativa do governo do Estado de capacitar pessoas para formação profissional. Porém logo no início da matéria o vice-governador afirma que “quem passar por ali sairá praticamente empregado”. Onde serão abertas essas vagas de trabalho? O curso começa com 2.100 vagas. Então é correto supor que o governo do Estado acredite que essas vagas existem, esperando somente quem as preencha? Na maioria dos cursos relacionados na matéria é possível trabalhar como autônomo, ou seja, eles poderão ter um ofício e trabalhar de alguma forma, isso pode ser garantido. Mas emprego? Complicado. Outra pequena gafe. Os professores são da FAETEC, parceira no projeto.